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10 de junho de 2010 | 15h03
Quer manter seu filho longe de encrenca? A melhor maneira pode ser estimulando sua inclusão em algum tipo de clube – associação do bairro, grêmio estudantil, grupo de escoteiros, entre outros -, já que um estudo da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, mostra que crianças que pertencem a um grupo jovem geralmente têm noções melhores do que elas realmente são enquanto pessoas. Nunca é pouco reforçar.
“Quanto mais as crianças participam destes clubes, melhor conceito sobre si mesmas terão”, diz Anderson Dawn Butcher, professor de trabalho social da universidade. “E, assim, a autocompreensão faz com que elas sejam menos vulneráveis a se envolverem em problemas de conduta”.
Mas não é preciso ficar levando o seu filho para cima e para baixo toda hora. Mesmo crianças que não frequentam clubes diariamente podem se beneficiar da experiência. “Estamos vendo que a frequência diária não é tão importante quanto o fato de elas se sentirem ligadas a uma organização e terem um bom relacionamento com as pessoas do grupo”, explica Butcher.
Crianças supersociais
O estudo, que aparece no Children and Youth Services Review, envolveu cerca de 300 crianças entre nove e 16 anos de idade em uma cidade do estado de Utah, nos EUA. Três quartos dos meninos eram membros de um grupo local chamado “Boys and Girls Clubs of America”. O resto vivia na comunidade, mas não estava envolvido no projeto.
As crianças responderam a questões como o sentimento em relação à família e vizinhança, escola, se têm forte senso de quem são, auto-estima, notas na escola e como se sentem ao receberem reforço positivo para o bom comportamento. Os pesquisadores também perguntaram sobre problemas de comportamento nos últimos 30 dias – incluindo uso de álcool, maconha, cigarro, notas ruins e brigas.
O estudo revelou que crianças que participavam das atividades do clube tinham uma noção mais clara sobre quem eram na comunidade. O resultado? Aumento das habilidades sociais pelo reforço positivo que elas sentiam do grupo. Em longo prazo, menor vulnerabilidade a problemas maiores como o consumo de drogas e participação em gangues.
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