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11 de junho de 2010 | 16h06
Nanopartículas de ouro estão se mostrando úteis para diversas utilizações, entre elas a entrega de medicamentos dentro do corpo e ataque de células cancerosas, por exemplo. A ideia parece bastante promissora, mas nem tudo é perfeito: estas nanopartículas são pegajosas demais. Significa que embora atraiam moléculas específicas, acabam se grudando a outras indesejáveis – o que por vezes inviabiliza o trabalho.
Mas, como diz o ditado, se a vida lhe oferecer um limão, faça uma limonada: pesquisadores do Massachusttes Institute of Technology, nos EUA, aproveitaram esta viscosidade para dobrar a quantidade de proteína produzida em laboratório. O que antes era limitado pela velocidade e desdobramentos do processo, agora é impulsionado pela capacidade que as nanopartículas têm em acelerar a tradução do DNA.
Além disso, a utilização da nova técnica usando nanopartículas de ouro pode ter outras aplicações. Combinada com nanotubos de carbono, poderia servir como suporte para o transporte de medicamentos entre as células, já que a viscosidade aumenta a velocidade e a precisão do sistema.
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