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05 de janeiro de 2010 | 15h17
Conhecidos como “Júpiter Quente”, em função da massa elevada e temperatura extrema, os exoplanetas encontrados variam em tamanho, sendo maiores do que Júpiter. Têm órbitas variando entre pouco mais de três e pouco menos de cinco dias. As temperaturas variam entre 2.200 e 3 mil graus Celsius, mais quentes do que a lava derretida – e mais quentes portanto do que a vida, como conhecemos, poderia suportar. Todas as estrelas orbitadas por estes exoplanetas são maiores e mais quentes do que o Sol.
Para os pesquisadores, é apenas uma questão de tempo para que o telescópio consiga identificar também planetas menores com órbitas mais duradouras, mais similares ao que acontece em relação à Terra e o Sol.
Missão Kepler
Lançada no começo de março de 2009 na Flórida, a Missão Kepler observa continuamente e simultaneamente mais de 150 mil estrelas. O instrumento utilizado, o fotômetro, já mediu centenas de marcas que seriam possíveis planetas, e que estão sendo analisadas.
O Kepler procura por sinais de planetas medindo o brilho das estrelas. Quando planetas passam pela frente ou se movimentam, parte da luz emitida pela estrela é bloqueada. O tamanho do planeta pode então ser avaliado a partir do “buraco” na luz e a sua temperatura estimada a partir das características da estrela que orbita, bem como o tempo de órbita.
O telescópio Kepler vai continuar suas operações no espaço até novembro de 2012, procurando por planetas menores do que a Terra, incluindo aqueles cujas estrelas que orbitam possibilitariam a existência de água em estado líquido na superfície do planeta.
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