root
14 de outubro de 2010 | 15h49
A natação durante a infância não aumenta o risco de uma criança desenvolver asma. Embora a atividade seja recomendada para pessoas com a doença, alguns estudos sugeriram anteriormente que o cloro usado para manter as piscinas limpas poderia contribuir para o desenvolvimento do problema. Contudo, uma equipe europeia descarta a ideia.
Os pesquisadores analisaram os dados de 5.738 crianças do Reino Unido, observando que a natação regular está associada a melhora da função pulmonar e a um risco menor para os sintomas de asma – especialmente em crianças com tendência ao problema. A equipe também teve acesso a informações detalhadas sobre os pulmões destes indivíduos, questões como alergias e sintomas de sibilância e asma. Os pais forneceram dados sobre hábitos de natação em sete diferentes pontos a partir da idade dos seis meses até o sete anos.
Os resultados mostram que a natação regular foi associada com uma prevalência menor de asma aos sete anos. Os pesquisadores também descobriram que crianças que mostravam alguns sinais do problema aos três anos e meio eram menos propensas a desenvolver a asma mais tarde.
“Este é o primeiro estudo a examinar a relação entre a natação e a asma, em que as informações foram coletadas de crianças que foram monitoradas ao longo de muitos anos”, ressalta Elaine Vickers, membro do Astham UK. “Este amplo estudo, bem concebido, portanto, sugere que a natação regular em piscinas cloradas não provoca asma em crianças, e pode de fato melhorar a saúde pulmonar”.
Veja também:
– Método permite diagnóstico mais preciso de subtipos de asma
– Antidiabético pode prevenir câncer de pulmão em fumantes
– Pesquisadores avançam na compreensão da tuberculose
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.