Pesquisadores da Universidade de Granada, na Espanha, estão desenvolvendo uma técnica que permite identificar rapidamente um cadáver pela comparação do crânio com uma foto tirada de uma pessoa quando ela ainda estava viva. O sistema, baseado em um método de identificação forense conhecido como sobreposição craniofacial, usa um conjunto de 'pontos de referencia' para dizer se um corpo é, realmente, de um indivíduo ou não.
De acordo com Fernando Navarro, responsável pela pesquisa, a técnica é mais barata e mais rápida do que outras usadas para a identificação forense atualmente. "Esse método pode ser complementar a outros, e servir para descartar possíveis identidades antes de se usar técnicas mais lentas e caras de identificação, como a análise do DNA".
O método funciona da seguinte maneira: o crânio é escaneado para formar um modelo 3D. Pontos desse crânio virtual são marcados para que, na sobreposição das imagens (a real - uma foto de quando a pessoa estava viva - sobre a virtual), semelhanças sejam encontradas. A ideia poderia ser muito útil na identificação de vítimas de desastres em massa, como terremotos ou guerras.
Veja também:
- Programa facilita substituição óssea para reconstrução da face- Ossos poderão ser vistos em imagens 3D com resolução de nanômetros- Ossos dão pistas sobre distribuição de Homo sapiens na Europa