O medicamento crizotinib, que está sendo desenvolvido pela Pfizer, está mostrando bons resultados em pacientes com câncer de pulmão de células não-pequenas. As pesquisas avançam agora para a Fase III de ensaios clínicos (com seres humanos).
"Os resultados dos dois primeiros testes têm sido muito encorajadores", diz Lyudmila Bazhenova, professora assistente na Universidade da Califórnia em San Diego e membro do UCSD Moores Cancer Center, onde a droga está sendo testada. "Os ensaios clínicos da Fase III serão cruciais para determinar se este medicamento vai para o mercado".
Um estudo preliminar apresentado na reunião da American Society of Clinical Oncoly 2010 mostrou que os ensaios clínicos Fase I e II demonstraram que 57% dos pacientes tiveram tumores reduzidos em menos de oito semanas de tratamento e 87% das pessoas apresentaram estabilização da doença.
Os novos ensaios devem comparar a eficácia da crizotinib com a quimioterapia padrão para pacientes considerados NSCLC ALK-positivo, ou seja, pacientes de câncer de pulmão de células não-pequenas cujo gene quinase de linfoma anaplásico (ALK) pode se fundir a outro gene, o EML4 - produzindo então uma enzima que promove o crescimento de células cancerosas no pulmão. Esta condição afeta cerca de 4% dos pacientes com a doença. A crizotinib inibe a enzima perigosa, favorecendo a morte das células do câncer.
Veja também:
- Vitamina B6 pode reduzir risco de câncer de pulmão em até 50% - Brasileiros identificam biomarcador para prognóstico de câncer de pulmão - Cartilagem de tubarão é ineficaz contra câncer de pulmão - Pesquisa mostra potencial anticancerígeno do leite materno - Vírus reprogramado pode encontrar, modificar ou destruir células do câncer - Biomarcadores podem iniciar era de terapias personalizadas - Assinatura no gene pode indicar se câncer é resistente à quimioterapia