Cientistas da Universidade de East Anglia, Reino Unido, desenvolveram um método de endomicroscopia confocal a laser auxiliada por fluoresceína para visualizar bactérias entéricas intramucosa in vivo e para determinar a área de mucosa envolvida no cólon e íleo em pacientes com colite ulcerosa e doença de Crohn.
Bactérias entéricas têm um papel importante na patogênese de doenças que inflamam o intestino (IBD). Um número significante de pacientes com a doença de Crohn e colite ulcerativa possuem bactérias intramucosas. Elas foram identificadas também em pacientes com IBD por uma variedade de técnicas que envolviam biópsia da mucosa. A endomicroscopia confocal a laser pode mostrar as bactérias na superfície da mucosa, mas não pode identifica-las quando estão dentro dela.
Agora, os pesquisadores, liderados por Alastair Watson, associaram esta endomicroscopia à fluoresceína intravenosa - um agente de contraste - para poder detectar bactérias dentro da mucosa.
O novo método tem impacto na prática clínica, uma vez que possibilita a identificação de pacientes com bactérias intramucosas sem a necessidade de biópsia. A técnica também poderá ser uma ferramenta valiosa na elucidação de patogêneses de doenças que inflamam o intestino.
O artigo intitulado "Confocal laser endomicroscopy is a new imaging modality for recognition of intramucosal bacteria in inflammatory bowel disease in vivo" foi publicado na revista Gut de gastroenterologia esta semana.