root
15 de outubro de 2010 | 15h02
A frase “O que não me mata me torna mais forte” pode mesmo fazer sentido. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Buffalo, nos EUA, experiências adversas parecem promover a adaptabilidade e resiliência (capacidade de lidar com problemas e superar obstáculos) posterior, com os consequentes benefícios para a saúde mental e bem-estar.
O trabalho examinou amostras de pessoas que relataram suas histórias de vida de experiências adversas, e diversas medidas de saúde mental atual. Diferente de pesquisas anteriores, que indicavam que a exposição a eventos adversos normalmente teria efeitos negativos sobre a saúde e bem-estar dos indivíduos, a pesquisa em questão mostra que pessoas com alguns históricos “ruins” parecem menos afetadas negativamente pelos recentes problemas do que os demais indivíduos. Não é o caso, entretanto, de pessoas que regularmente viveram em más condições. Estas tendem a apresentar uma satisfação menor com a vida.
“Embora tenhamos estudados as maiores adversidades da vida não há razão para acreditar que outras experiências relativamente mundanas não possam também contribuir para a resiliência”, afirma Mark Seery, professor assistente de psicologia na Universidade de Buffalo. “Isso sugere que intervenções psicoterápicas cuidadosamente projetadas podem ser capazes de contribuir também, embora haja muito trabalho a ser feito para compreender a resiliência e de onde ela vem”.
O estudo “Whatever Does Not Kill Us: Cumulative Lifetime Adversity, Vulnerability and Resilience”, será publicado no Journal of Personality and Social Psychology e está disponível no website da American Psychological Association.
Veja também:
– Estudo mostra que imigração e felicidade podem ser incompatíveis
– Pessoas com mais de 50 gostam de ler histórias negativas de jovens
– Casamento NÃO torna cônjuges mais parecidos ao longo dos anos
– Risada pode ter um papel-chave na dinâmica de um grupo
– Renda maior traz satisfação maior, mas NÃO garante felicidade
– Leve a sério: a sua felicidade realmente depende da dos outros
– Diferença de idade do casal reduz expectativa de vida das mulheres
– Spray de hormônio oxitocina faz homens ficarem mais sensíveis
– Mulheres atraentes despertam comportamento de risco em homens
– Sem crise: homens realmente sentem menos culpa do que as mulheres
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.