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03 de junho de 2011 | 12h59
Fêmea do Aedes aegypti precisa de sangue para o amadurecimento de ovos, depositados junto a extensas superfícies de água limpa.
Fêmeas de mosquitos podem transmitir doenças mortais, como a malária e a dengue, quando se alimentam do sangue das pessoas. Entretanto, para encontrar “suas refeições”, elas precisam detectar dióxido de carbono emitido quando o ser humano expira. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Riverside, nos EUA, identificaram três tipos de moléculas de odor que podem perturbar o processo, podendo levar a uma nova geração de repelentes.
Uma das moléculas identificadas é capaz de “ligar” os nervos olfativos por períodos prolongados, ao passo que outra “desliga” este mecanismo. Uma terceira molécula, por sua vez, “imita” o próprio dióxido de carbono.
De acordo com os pesquisadores, a descoberta pode ajudar na prevenção de inúmeras doenças, como a febre amarela e o vírus do Nilo Ocidental, bem como a própria malária e dengue. Atualmente, repelentes efetivos – conhecidos como DEET – são tóxicos, caros e inviáveis em regiões tropicais. A pesquisa está sendo financiada pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA e é liderada pelo pesquisador Anandasankar Ray.
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