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22 de julho de 2010 | 12h53
Você já deve ter escutado alguém reclamar de que, atualmente, quase todas as pessoas são diagnosticadas com depressão. No futuro, talvez, pesquisadores consigam colocar um ponto final na discussão: uma equipe da VU University Amsterdam, na Holanda, demonstrou que um teste de sangue poderia revelar se um indivíduo sofre de transtorno depressivo maior.
A equipe analisou perfis de expressão gênica no sangue de indivíduos saudáveis e pacientes com diagnóstico de transtorno depressivo maior, identificando sete genes que os diferencia. É o primeiro passo para o desenvolvimento de um instrumento de diagnóstico molecular para a doença.
Embora a psiquiatria já tenha critérios específicos para o diagnóstico de distúrbios de saúde mental, um teste como este poderia ser realmente imparcial. Além disso, poderia ser uma alternativa para o diagnóstico de pacientes mais “fechados para a conversa”.
Novas pesquisas devem ser realizadas para ver se os padrões de perfil da expressão gênica são reaplicáveis. De qualquer maneira, o trabalho mostra que testes de sangue poderiam reduzir o estigma associado a problemas de saúde mental. Os pesquisadores também acreditam que o estudo pode contribuir para a descoberta de marcadores capazes de predizer o resultado de um tratamento e o risco de recorrência.
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