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16 de setembro de 2010 | 16h05
A eclampsia, caracterizada pela pressão alta durante a gestação que impede o fluxo correto de sangue para o cérebro, é uma das principais causas de morte materna no mundo. A pré-eclampsia, forma menos grave – entretanto ainda perigosa – acomete mulheres a partir da 20ª semana de gravidez, mas atualmente nenhum teste preditivo pode indicar o surgimento do problema. Agora, uma equipe da Universidade de Alberta, no Canadá, está desenvolvendo um exame simples que pode prever com precisão se uma mulher vai desenvolver a condição.
O teste, que poderá ser administrado a partir da 15ª semana de gestação, está sendo desenvolvido a partir de uma impressão digital metabólica, resultado de uma combinação de 14 metabólitos – açúcares, gorduras e aminoácidos. Para cada 100 mulheres que participaram dos exames, a maioria do grupo de risco foi identificada.
Um teste preditivo para a pré-eclâmpsia é tido por muitos médicos como o “Santo Graal da obstetrícia”, capaz de salvar milhares de vidas. De acordo com os pesquisadores, o exame poderia diminuir as taxas de mortalidade materna. Gestantes identificadas com o problema devem ser submetidas a cesáreas, muitas vezes semanas ou meses antes do tempo.
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