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Pesquisadores mostram que maconha é ineficaz contra o Alzheimer

Pesquisas anteriores indicavam que uso terapêutico da planta poderia reduzir toxidade das placas senis e promover crescimento de neurônios.

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Por root
Atualização:

Os possíveis benefícios da maconha para estacionar ou reverter os efeitos do mal de Alzheimer foram contestados por pesquisadores da University of British Columbia e do Vancouver Coastal Health Research Institute. Os resultados do estudo podem diminuir as expectativas sobre o uso terapêutico da erva no combate de doenças cognitivas, mas prometem avanços no desenvolvimento de terapias mais promissoras.

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Experimentos anteriores em animais mostraram que a HU210, forma sintética dos compostos achados na maconha, reduziram a toxidade das placas e promoveram o crescimento de novos neurônios. Os ratos submetidos ao tratamento estavam cheios de proteínas amiloides no cérebro, responsáveis pela formação das placas em vítimas do Alzheimer.

O novo estudo, conduzido por Weihong Song, foi o primeiro a testar as descobertas anteriores em ratos com mutações genéticas humanas que causam a doença - um modelo atualmente aceito como o mais preciso para os experimentos.

"Como cientistas, nós começamos cada estudo com a esperança de que seja possível confirmar os efeitos benéficos de uma potencial terapia, e esperávamos confirmar isso para o uso medicinal da maconha no tratamento do Alzheimer", explica Song. "Mas não vimos benefício algum. Pelo contrário, nosso estudo indicou alguns efeitos negativos".

Ratos tratados com HU210 não ficaram melhores do que ratos sem esse tratamento. Além disso, observou-se que mantiveram as placas e a mesma densidade de neurônios de grupos de roedores tratados com baixas doses do composto. Na verdade, os animais tratados com altas doses de HU210 apresentaram células do cérebro menores.

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Entendendo o mal de Alzheimer

O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa caracterizada por deterioração cognitiva progressiva, sendo o mais comum tipo de demência. Geralmente afeta pessoas acima dos 65 anos de idade, embora possa ser diagnosticada em indivíduos mais novos. O primeiro sintoma da doença é a perda de memória. Depois, a pessoa sofre de confusão, irritabilidade, agressividade e falhas na linguagem. Na fase avançada, afeta as capacidades motoras.

Algumas regiões do cérebro de uma pessoa com Alzheimer começam a morrer, sendo substituídas por placas microscópicas de proteína - as chamadas placas senis.

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