Pesquisadores do NewYork-Presbyterian Hospital e Univesidade da Columbia, nos EUA, desenvolveram uma método para predizer a recuperação da linguagem após um derrame. Medindo a gravidade inicial do dano ao cérebro, médicos podem ser capazes de planejar melhor os tratamentos em curto e longo prazo.
"Estes resultados indicam que, se nós sabemos a extensão do comprometimento inicial do acidente vascular cerebral, então podemos prever com notável precisão a forma como os pacientes vão prosseguir 90 dias depois", diz Ronald M. Lazar, professor de neuropsicologia clínica em neurologia e cirurgia neurológica. "Nós estabelecemos a primeira métrica atual confiável de acordo com os padrões de cuidados para o tratamento da linguagem pós-AVC".
Por muito tempo, médicos e pesquisadores associaram a capacidade de recuperação de um paciente que sofreu um AVC pelo dano causado ao cérebro, idade, educação e especificidades do déficit na linguagem. Entretanto, nenhuma métrica havia sido estabelecida.
A equipe testou a função da linguagem entre 24 e 72 horas após o derrame e 90 dias depois. Os resultados mostram que pacientes com afasia (distúrbio da linguagem causada pela lesão no cérebro, caracterizada principalmente pela dificuldade em nomear pessoas ou objetos) leve e moderada aumentaram a capacidade de fala em até 70% em três meses após o AVC se recebem terapia para estimular a linguagem.
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