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Bactéria recém-descoberta dobra produção de gás hidrogênio

Hidrogênio parece ser boa opção "verde" de energia principalmente para a indústria automobilística, porque o seu subproduto é a água.

Por root
Atualização:

Países do mundo inteiro estão investindo em pesquisa para a criação de novos combustíveis a partir de fontes que não sejam fósseis. Ou seja, todos buscam uma alternativa para o petróleo. Com a preocupação ambiental, os pesquisadores têm se voltado na elaboração de estratégias que criem energias verdes também. Agora, o sonho de ter um carro movido a hidrogênio, por exemplo, pode estar mais próximo: pesquisadores da Universidade Lund, na Suécia, acabam de mostrar que uma bactéria recém-descoberta dobra a produção deste gás.

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O hidrogênio parece ser uma das melhores opções de energia, principalmente para a indústria automobilística, porque o seu subproduto é a água. Ou seja, o que "sobra" dele não agride a natureza, ao mesmo tempo em que gera eletricidade. No entanto, a produção limpa do gás hidrogênio é obtida pela silvicultura ou pelo lixo doméstico, usando um método similar à produção de biogás. O maior problema, neste caso, é que a troca de hidrogênio é baixa e as matérias-primas não geram tanto quanto é necessário para ser comercialmente viável, ao precisar de muita energia para ser fabricada. Neste contexto, encontrar uma bactéria que consiga duplicar a quantidade de produção de gás hidrogênio parece algo promissor.

"Há três importantes explicações para a bactéria Caldicellulosiruptor saccharolyticus produzir mais gás hidrogênio do que outras", explica Karin Willquist, estudante de doutorado na Universidade Lund. "Uma delas é que ela se adapta ao meio ambiente de baixa energia, o que resultou no desenvolvimento de sistemas de transporte eficazes para carboidratos e a capacidade de passar por partes inacessíveis das plantas com a ajuda de enzimas. Isso significa mais produção de hidrogênio".

A segunda explicação estaria no fato de que a bactéria poderia lidar com temperaturas mais altas. Por último, a equipe observa que ela ainda pode produzir gás hidrogênio mesmo em condições difíceis como pressão parcial do hidrogênio alta.

Mas nem tudo é perfeito: a bactéria não gosta de altas concentrações de sal, ou de gás hidrogênio, pois afetam as moléculas de sinalização e conduzem a um metabolismo que produz menos gás. "Contudo, é possível direcionar o processo para que o sal e as concentrações de gás hidrogênio não se tornem muito elevadas", destaca Willquist. Por enquanto, no entanto, especialistas acreditam que o primeiro passo de uma nova geração de carros movidos a gás hidrogênio deve ser a mesmo mistura com o gás metano.

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