A psicóloga Anne-Li Hallin trabalhou com mais de 100 jovens de 18 anos que nasceram na década de 1980. Metade nasceu antes da 29ª semana de gestação e metade nasceu no período normal. Trabalhando em cima das análises de Karin Stjernqvist, que havia coletado informações sobre crianças de dez anos que nasceram prematuras, Anne-Li percebeu que problemas de concentração, por exemplo, persistem ao longo da fase escolar.
"Bebês prematuros têm, frequentemente, menos contato social, mas eles estão satisfeitos com sua vida social, o que é realmente a coisa mais importante", diz Anne-Li. Entretanto, há indícios de que indivíduos que nasceram prematuros tenham dificuldade de se relacionar com outras pessoas - algo que poderia colocá-los em um risco maior para doenças mentais.
"Hoje o desenvolvimento motor e neurológico das crianças é muito estudado, enquanto menos atenção é dada para o desenvolvimento emocional e a ansiedade gasta nos primeiros meses no hospital após o nascimento, tanto para a criança quanto para os pais", ressalta a pesquisadora.
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