O programa, uma espécie de 'tutor', acompanha cada passo do aluno enquanto ele estuda. Faz perguntas, analisa as respostas e com isso identifica os erros para corrigi-los. Também responde dúvidas. Até aí, nada de espetacular. O interessante mesmo está na capacidade que o sistema tem de captar a expressão facial, o tom da voz e a postura corporal, interpretando sentimentos como o tédio ou a frustração, para mudar dinamicamente suas estratégias de ensino durante as aulas. Em outras palavras: faz o computador se adaptar ao estado emocional do aluno.
'A maioria dos sistemas elaborados no século 20 funcionava com pessoas se comunicando com computadores por meio de janelas, ícones e menus', explica Sidney D'Mello, professor assistente de Psicologia na Universidade de Notre Dame e um dos responsáveis pelo trabalho. 'Mas os seres humanos sempre se comunicaram com o outro através da fala e de uma série de sinais não-verbais, como expressões faciais, contato visual, postura e gestos'. Dessa maneira, explica ele, a nova tecnologia consegue captar informações sobre estados cognitivos e níveis de motivação do aluno, tornando a 'lição de casa' mais útil.
O vídeo abaixo (em inglês) dá uma ideia de como o AutoTutor funciona, em uma versão experimental do software:
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