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Quando menos é mais: número de ovos é definido pelo tamanho da prole

Independentemente da quantidade de esforços investidos por espécies de insetos com a prole, o número dos ovos não é alterado.

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Por root
Atualização:

Uma teoria bastante disseminada defendia a ideia de que o tamanho dos ovos de um animal dependeria muito do cuidado que papais investiam nos futuros filhotes. Agora, cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, mostram que as coisas podem não ser bem assim: o estudo de insetos indica que a relação não faz sentido.

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"Nossos resultados são totalmente inesperados", diz James Gilbert, um dos responsáveis pela pesquisa. "Descobrimos que, independentemente da quantidade de esforços investidos por espécies de insetos com o cuidado da futura prole, o tamanho relativo de seus ovos não se alterou".

Ao observar o número de ovos e o cuidado parental em insetos, a equipe encontrou resultados surpreendentes: "Em insetos que não cuidam de seus ovos, observou-se que, quanto maior o inseto, mais ovos existem", explica Gilbert. Em insetos que alimentam a prole, o resultado observado é inverso; quanto maior for o animal, menos ovos ele terá.

Grandes besouros da família dos escarabeídos são um bom exemplo, já que são um dos maiores insetos do mundo e colocam apenas três a quatro ovos durante toda a vida, bem menos do que outros insetos. A atenção à prole é grande, no entanto. "Estas estratégias reprodutivas são mais parecidas com as de mamíferos e aves", aponta Gilbert.

A explicação estaria na oferta de alimento. "Se você alimenta sua prole, você é responsável por encontrar energia necessária para toda a ninhada", ressalta o pesquisador. Ou seja, as necessidades energéticas de uma prole mais robusta é maior, dificultando o trabalho dos pais. Neste caso, menos é mais.

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