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11 de maio de 2010 | 17h57
Ao interagirem com prole recém-nascida, ratos desenvolvem novas células no bulbo olfativo – a parte do cérebro responsável pelo cheiro – e o hipocampo – associado à memória.
Quem vira papai sabe que o nascimento do filho é algo transformador. Mas, nos ratos, este efeito pode ir muito além do coração: pesquisadores descobriram que ratos carinhosos com a prole desenvolvem novas células cerebrais e têm uma memória duradoura de seus filhotes.
O estudo, conduzido por Samuel Weiss, diretor do Hotchkiss Brain Institute, mostra que ao interagirem com a prole recém-nascida, estes animais desenvolvem novas células no bulbo olfativo – a parte do cérebro responsável pelo cheiro – e o hipocampo – associado à memória. Semanas após uma separação, pais roedores reconhecem os filhotes.
Ratos que não têm contato físico com os filhotes logo após o nascimento não são “presenteados” com novos neurônios, além de não lembrarem dos pequenos após uma separação.
A mesma associação já foi feita com seres humanos em pesquisas anteriores, identificando inclusive que homens são mais carinhosos quando o cheiro da criança é familiar. “Nosso trabalho mostra que interações sociais promovem cérebros saudáveis e que cérebros saudáveis promovem interações sociais positivas”, brinca Weiss.
Fica então o conselho aos pais: além de criar filhos mais saudáveis, o contato físico pode ser um combustível para o seu cérebro.
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