Pesquisadores da Universidade de Granada conceberam um inteligente sistema que poderia antecipar o diagnóstico de doenças neurodegenerativas, incluindo o mal de Alzheimer. O método utiliza um algoritmo de interpretação de imagens do cérebro, fornecendo uma precisão de 95%.
De acordo com a equipe, o sistema supera os métodos de observação das imagens tomadas do cérebro que se baseiam, de certa maneira, em critérios "subjetivos". As dificuldades no monitoramente e diagnóstico impediriam também que indivíduos fossem detectados com a doença em fase inicial - justamente quando o tratamento pode ser mais eficaz.
Para configurar o sistema, os pesquisadores processam imagens do cérebro adquiridas por técnicas de tomografia computadorizadas, após a administração de um radiofármaco ao paciente por via intravenosa. Assim, circulando pelo corpo, emite radiação que é detectada pelo dispositivo, que age como um scanner, dando informações sobre como estão os órgãos.
Por este método, foi possível coletar dados sobre a atividade cerebral, como fluxo de sangue e atividade metabólica. "O uso de novos radiofármacos como o 11C-PIB poderia permitir ainda detectar o depósito de placas amiloides que, acredita-se, sejam os primeiros passos da patologia", explica Javier Ramirez, responsável pelo projeto.
A equipe contou com um banco de imagens do cérebro de centenas de voluntários, incluindo pessoas saudáveis ou com demência. Com este material, os pesquisadores desenvolveram um algoritmo de classificação automática, para comparar novas imagens com a amostra, sendo capaz de realizar esta classificação como precisão impressionante.
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