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31 de maio de 2011 | 15h01
Como pessoas que falam mais de um idioma conseguem não misturar o vocabulário? Como acham a palavra certa, no idioma certo, quando ser fluente em apenas um idioma requer o conhecimento de cerca de 30 mil palavras? Por muitas décadas pesquisadores se questionaram a esse respeito, oferecendo complicadas teorias para explicar como o cérebro processa mais de uma linguagem – muitas vezes indicando que o bilinguismo poderia degradar o desempenho cognitivo.
Agora, pesquisadores da Universidade de Kansas estão defendendo que as teorias já apresentadas ignoraram uma explicação clara e simples: “As características inerentes às palavras – como o som – fornecem informações suficientes para distinguir a que idioma pertence uma palavra”, afirma Mike Vitevitch, responsável pelo trabalho.
Em uma análise anterior o pesquisador mostrou que poucas palavras soam semelhante em inglês e espanhol, por exemplo. A maioria das teorias de como pessoas bilíngues encontram uma palavra na memória assume que cada palavra é “marcada” com informações sobre qual idioma pertence. Mas Vitevitch discorda: para ele, a diferença entre as palavras torna desnecessário o trabalho mental para adicionar um “rótulo” em cada termo para identifica-lo como um idioma ou outro.
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