Pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, identificaram uma substância química que pode provocar a remissão em pacientes com colite ulcerosa, uma doença inflamatória intestinal. Atualmente, pessoas com o problema são tratadas com anti-inflamatórios, imunossupressores e muitas vezes precisam se submeter a cirurgias para a remoção parcial do intestino grosso.
A equipe descobriu que pessoas que apresentam remissão da doença em longo prazo têm níveis elevados de uma mesma substância: a prostaglandina D2 - conhecidamente importante na promoção da cicatrização do corpo.
"Os níveis de prostaglandina D2 só foram elevados em pacientes que estavam em estado de remissão faz tempo, o que sugere que isso seja um fator fundamental na prevenção de novos episódios da colite ulcerosa", explica John Wallace, envolvido na pesquisa. Algumas pessoas conseguem se curar da doença, mas a maioria pode apresentar episódios de inflamação durante toda a vida.
A descoberta pode levar a novos tratamentos contra a doença ao promover a produção de prostaglandina D2 no organismo. "É perfeitamente possível que nossos resultados se estendam à doença de Crohn também", ressalta Wallace. A síndrome de Crohn é considerada por muitos especialistas uma doença autoimune que causa inflamações sérias no trato gastrointestinal, tendo algumas vezes sido associada à colite ulcerosa (como se ambas fossem manifestações diferentes de uma mesma patologia intestinal).
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