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Usuário de computador tem mais tendência a tomar decisões erradas

Maquininha que nos conduz a agir de forma lógica pede também que tomemos “atalhos mentais” para responder a problemas complexos.

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Por root
Atualização:

Um estudo conduzido pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, mostra que pessoas que usam muito o computador têm uma tendência maior a cometer mais erros. De acordo com a investigação, a maquininha que nos conduz a agir de forma lógica pede também que tomemos "atalhos mentais" para responder a problemas complexos, driblando a alta quantidade de informações e os limites da memória humana, levando a erros que se arrastam para outras situações. Estes erros geralmente são induzidos pela forma como procuramos respostas pré-estabelecidas, sabotando outras soluções para o problema.

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Funciona mais ou menos assim: o usuário procura informações complementares que justifiquem uma decisão, tranqüilizando as pessoas quando, simplesmente, elas podem estar fazendo algo errado. "Muitos problemas na forma como decidimos as coisas têm sido atribuídos a limitações na maneira como memorizamos e processamos informações, e os computadores são frequentemente utilizados para superar estas restrições", alerta John Maule, professor da universidade. "Mas pelo fato de muitos sistemas computacionais terem sido criados sem o completo entendimento do pensamento humano, computadores podem levar pessoas a decisões erradas".

Um segundo problema levantado pelo pesquisador é o fato de pessoas usarem computadores para analisar e avaliar uma quantidade elevada de informação. Para ele, as pessoas deveriam confiar mais na intuição.

Indivíduos e organizações gastam muito dinheiro em sistemas computacionais que deveriam - supostamente - ajudar as pessoas a tomarem melhores decisões. Em muitos casos isso pode de fato funcionar, mas é preciso repensar a forma como usamos o computador. Para Maule, os usuários e desenvolvedores deveriam ser treinados para pensar de forma mais crítica, levando à criação de sistemas de TI mais sofisticados, baseados em um entendimento mais complexo da psicologia humana.

O artigo foi publicado no International Journal of Human Computer Interaction.

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