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09 de setembro de 2010 | 14h46
Comprimidos de vitamina B podem retardar a atrofia do cérebro em pacientes com problemas de memória leve. Crédito: Wikimedia Commons/Ragesoss.
Comprimidos diários de vitamina B podem reduzir pela metade a taxa de encolhimento do cérebro em idosos que sofrem de problemas leves de memória. Dois anos de ensaios clínicos randomizados conduzidos por pesquisadores da Universidade de Oxford mostram que o nutriente pode melhorar transtornos cognitivos leves e modificar até o curso de doenças como o Alzheimer.
Algumas vitaminas do complexo B (ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12) são conhecidas por controlar os níveis do aminoácido homocisteína no sangue. Níveis elevados de homocisteína são associados a um risco maior de desenvolver o mal de Alzheimer na velhice. Seguindo este raciocínio, os pesquisadores testaram se a diminuição das taxas do aminoácido poderia atuar contra a atrofia cerebral observada na doença.
A pesquisa envolveu 168 participantes com 70 anos ou mais com problemas leves de memória. Metade tomou altas doses de vitamina B por dois anos; a outra recebeu placebo. Ressonâncias magnéticas avaliaram a taxa de atrofia do cérebro durante este período. A equipe descobriu que pessoas que tomaram o suplemento tiveram atrofia cerebral de 0,76% ao ano, ao passo que no grupo de placebo a redução foi de 1,08%. Os voluntários também foram submetidos a testes cognitivos, reforçando os resultados.
De acordo com os pesquisadores, o trabalho demonstra que a vitamina B poderia retardar o desenvolvimento do Alzheimer. Entretanto, novos ensaios clínicos devem ser realizados para avaliar melhor a ação dos complexos no cérebro.
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