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Imagine só!

Clima: uma década de extremos

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Por Herton Escobar
Atualização:
FOTO: Jonathan Alcorn/Reuters  Foto: Estadão

Herton Escobar / O Estado de S. Paulo

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Você pode até ter suas dúvidas se isso é culpa do homem ou não (as evidências científicas indicam que sim) ... mas que o clima da Terra está esquentando, não há dúvida.

Segundo um relatório publicado no início deste mês pela Organização Mundial de Meteorologia (WMO, em inglês), a década de 2001 a 2010 foi a mais quente registrada nos últimos 150 anos, desde o início das medições sistemáticas em 1850.Vários recordes que não gostaríamos de quebrar foram quebrados: de calor, precipitação, derretimento de gelo, emissão de gases do efeito estufa, eventos climáticos extremos e mortes relacionadas a eles.

A temperatura média do planeta entre 2001 e 2010 foi estimada em 14,47 °C, quase meio grau acima da média de 1961 a 1990 e 0,21 °C acima da média da década anterior (1991-2000). Todos os anos desta década, com a exceção de 2008, entraram para a lista dos 10 anos mais quentes já registrados desde 1850. O mais quente de todos foi 2010, com uma temperatura média estimada em 14,54 °C, cerca de meio grau acima de média histórica global.

2010 foi também o ano mais chuvoso já registrado; enquanto que a década como um todo foi a segunda mais chuvosa desde 1901. Tanto que as enchentes foram o evento climático extremo mais comum nesse período, fazendo estragos em praticamente todos os continentes. Secas também.

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Em termos de tempestades tropicais (furacões e ciclones), a década também foi a mais mortífera de que se tem notícia: foram 511 tempestades, que causaram um prejuízo econômico de US$ 380 bilhões, deixaram cerca de 170 mil pessoas mortas e impactaram a vida de outras 250 milhões.

Juntando tempestades, enchentes, secas, ondas de calor e outros eventos extremos, a conta de mortos pelo clima entre 2001 e 2010 chega a 370 mil -- 20% a mais do que na década anterior. Ou seja: mudança climática não é só uma questão científica, política nem econômica, é uma questão de sobrevivência. Imagine só!

A íntegra do relatório da WMO pode ser baixada aqui: http://library.wmo.int/opac/index.php?lvl=notice_display&id=15110

 

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