160 mil católicos celebram a padroeira em Aparecida

Ainda era de madrugada quando os fiéis começaram a chegar ao Santuário em excursões

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Por Simone Menocchi
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Uma multidão de cerca de 160 mil católicos comemorou ontem (12) o dia da Padroeira do Brasil no Santuário Nacional de Aparecida, o maior centro de peregrinação do país. O volume de devotos ficou dentro da expectativa da direção da basílica. Campinas reúne 100 mil fiéis de Nossa Senhora Aparecida Círio de Nazaré leva 2 milhões às ruas de Belém Veja fotos do Círio de Nazaré Veja fotos das festividades em Aparecida Ainda era de madrugada quando os fiéis começaram a chegar ao Santuário em excursões, pela via Dutra, vindas de todos os Estados do país e também do exterior. A família do mecânico Vicente Santos estava entre os romeiros. Depois de terem viajado por 7 horas, em um ônibus fretado, que saiu ainda na noite de sábado de Divinópolis, Minas Gerais, o mecânico, a mulher  Lucinéia e o filho, Lucas, de 5 anos, finalmente cumpriram a promessa. "Há dois anos nosso filho Lucas foi curado e hoje viemos pagar a promessa à Nossa Senhora, que nos concedeu esse milagre". Vestido com roupas e asas de anjo, Lucas sorria, sentado nos ombros do pais, e balançava a bandeirinha em louvor a santa. "Hoje ele não tem mais nada, graças à Padroeira do Brasil". O pagamento de promessas é o principal motivo que atrai milhares de pessoas ao 12 de outubro no Santuário Nacional de Aparecida. "Eu tenho muito a agradecer a ela. Venho todo ano, já há 15 anos e quero continuar vindo enquanto Deus me der saúde", disse a dona de casa Tereza Tavares, da capital paulista, que neste ano, além da família, também trouxe o cachorro Tuti para as comemorações. "Ele não entende, mas gosta de estar aqui". A missa solene, das 10 horas, foi celebrada pelo arcebispo de Crateús, no Ceará, dom Jacinto de Brito Sobrinho. O arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis, que normalmente celebra a missa, estava em Roma. "Pra mim foi um privilégio ter celebrado essa missa. Foi a primeira vez que estou diante de uma multidão como essa, aqui no Santuário Nacional. Fiquei muito emocionado. Talvez essa tenha sido a missa que celebrei com maior emoção na minha vida". De acordo com o Departamento de Segurança do Santuário, 45 mil pessoas participaram da celebração das 10 horas, que foi encerrada com chuva de papel picado e queima de fogos. Caos no trânsito Pouco antes das 9 horas, as avenidas federais de acesso ao Santuário Nacional estavam completamente paradas e o congestionamento, por pouco, não chegava à via Dutra. "Não há mais vagas", gritavam os policiais federais, tentando organizar o trânsito e convencer os milhares de romeiros que chegavam de carro a não estacionar no pátio da basílica, que tem capacidade para 8 mil veículos. Os estacionamentos particulares também estavam lotados e até às 10 horas ninguém mais conseguia chegar ao Santuário. O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Vale do Paraíba, João Bosco Ribeiro, reconheceu que os acessos ao Santuário são insuficientes. "Realmente o movimento foi bastante crítico. A falta de mais acesso ao Santuário acaba congestionando o trânsito. Por isso, para os próximos anos, é preciso planejar novos acessos para os carros de passeio".

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