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200 mil litros de petróleo vazam no litoral de SP

Mancha de 4 km se espalhou pelo Rio Guaecá, em São Sebastião, com risco de atingir o mar e as praias

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 200 mil litros de petróleo vazaram de dutos da Transpetro no Rio Guaecá, em São Sebastião, no Litoral Norte paulista. A quantidade de litros não foi confirmada pela assessoria de imprensa da Petrobras. O vazamento começou por volta das 8h30 da quarta-feira, no km 3,5 da faixa de dutos que liga São Sebastião a Cubatão, no Litoral Sul. Moradores sentiram um cheiro forte de óleo e decidiram chamar a Defesa Civil. A Petrobras foi avisada por volta das 9h30 e imediatamente paralisou os trabalhos de operação do duto, acionando o esquema de contingência da empresa. Barreiras para conter o óleo foram instaladas antes do início da limpeza. Uma grande mancha escura e espessa se estendeu por 4 km do rio mas, segundo a Petrobras, não atingiu a praia do Guaecá, na costa sul de São Sebastião. Os moradores ficaram impressionados com a poluição do rio. "É a primeira vez que isso acontece, um problema que acaba prejudicando a criação" afirmou Daniel Santos, que usava a água do rio para dar de beber a algumas cabeças de gado do sítio que administra. 15 caminhões Cerca de 120 pessoas, entre voluntários, funcionários da Petrobras, Defesa Civil e Polícia Ambiental ajudaram nos trabalhos de limpeza do rio. No final da tarde, geradores de energia estavam sendo providenciados para iluminar o rio durante a noite para a limpeza. Até o final da tarde apenas um quilômetro da mancha havia sido retirada. Foram utilizados 15 caminhões tanque para tirar a água suja do rio. "A quantidade exata só saberemos depois". A grande preocupação da Defesa Civil e da Polícia Ambiental era com relação à chuva, que se ocorrer poderá espalhar a mancha. Um navio, com capacidade para 300 toneladas ficou de prontidão na praia do Guaecá para impedir que o óleo atinja a praia em caso de chuva. Apesar da afirmação da Petrobras, de que a mancha não chegou à praia a Cetesb informou que a praia do Guaecá está, desde o vazamento, imprópria para banho. Até terça-feira, antes do acidente ambiental, a praia tinha bandeira verde e boas condições de balneabilidade.

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