A Patagônia está em rápido degelo, informa a Nasa

É o que mostram comparações topográficas, dos anos 70 e 90 com dados do ano 2000, de um total de 63 das maiores geleiras do sul do nosso continente

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Por Agencia Estado
Atualização:

As geleiras continentais da Patagônia, no Chile e Argentina, estão afinando em ritmo acelerado e representam, agora, quase 10% do elevação global no nível dos mares derivados das montanhas glaciais, informou hoje a Nasa. Os dados estão no relatório de comparações topográficas, dos anos 70 e 90 com dados do ano 2000, de um total de 63 das maiores geleiras, feitas pela Missão de Topografia por Radar da Nasa, num trabalho realizado por especialista do organismo americano, da Universidade do Chile e do Centros de Estudos Científicos de Valdívia, no Chile. Os resultados do levantamento foram publicados nesta última edição da revista científica Science. Segundo o estudo, os campos glaciais da Patagônia perderam gelo a uma taxa equivalente a uma subida do nível do mar de 0,04 milímetros por ano, no período de 1975 a 2000. Isto é igual a 9% da elevação anual do nível do mar derivada das montanhas glaciais. De 1995 a 2000, entretanto, a taxa média da perda de gelo foi mais que o dobro, eqüivalendo a um aumento do nível de 0,1 mm por ano. Comparativamente, as geleiras do Alasca, que cobrem uma área cinco vezes maior, representam cerca de 30% do total anual da elevação global do nível do mar provocado pelo degelo. Eric Rignot, pesquisador do laboratório de propulsão da Nasa, em Pasadena, um dos membros da missão, acha que um dos fatores que provocou o fenômeno pode ser a mudança no clima da Terra, constatando-se uma elevação nas temperaturas e uma redução nas precipitações há algum tempo.

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