Adesão do País ao colisor de partículas custa US$ 10 mi

Participação nacional no experimento que tenta recriar o 'Big Bang' poderia ajudar a indústria

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Por AE
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O Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern) vai cobrar US$ 10 milhões (R$ 18 milhões) por ano para que o Brasil possa fazer parte do maior experimento da Física, o Grande Colisor de Hádrons (LHC). O projeto oficial de adesão brasileira será apresentado em junho. Ao lado da Índia, o Brasil poderá estar entre os primeiros países emergentes a se unir oficialmente ao projeto. John Ellis, diretor de cooperação do Cern, revelou que uma proposta está sendo redigida no momento pela entidade, que busca sua internacionalização e não quer mais ser vista apenas como uma organização europeia e norte-americana. "Tivemos uma reunião há uma semana no conselho do Cern e ficou decidido que faríamos uma proposta concreta ao Brasil", disse Ellis. Segundo ele, a contribuição brasileira será baseada no Produto Interno Bruto (PIB) do País. Mesmo assim, representaria apenas 1% do orçamento do centro europeu. Atualmente, a entidade tem um orçamento de US$ 1 bilhão, grande parte financiada por alemães, franceses, norte-americanos e ingleses. No fim de 2009, o Ministério de Ciência e Tecnologia iniciou um processo de aproximação do Cern, que poderá ser concluído em 2010. Ellis, porém, não exclui que o valor e a modalidade da adesão sejam alvos de uma negociação. Segundo ele, a entrada oficial do Brasil no experimento poderia trazer pelo menos três vantagens ao País. A primeira é que empresas nacionais de tecnologia poderiam participar de licitações para vender suas peças e equipamentos - o Cern é hoje um dos maiores compradores de tecnologia no mundo. Em segundo lugar, o Cern abriria suas portas para a contratação de físicos brasileiros. Para completar, o Brasil poderia ter voz e voto nas decisões futuras em relação às pesquisas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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