
16 de outubro de 2008 | 20h45
O prêmio Nobel da Paz de 2007 e ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore comparou nesta quinta-feira, 16, a "crise" climática com a crise financeira atual e considerou que em ambos casos a solução deve ser global. Veja também: Cúpula da UE concorda em manter metas contra efeito estufa Gore fez na cidade de Bilbao, no norte da Espanha, uma conferência sob o título "Pensando em verde: uma estratégia econômica para o século XXI". A mudança climática, segundo destacou Gore, é "real" e pode chegar a ser "catastrófica", mas conseguindo se reduzir as emissões de CO2, o processo pode ser "reversível". Nesse caso, continuou, "as nações que se adaptem mais rápido a uma economia baixa em carbono serão as que prosperarão". Em seu discurso, Al Gore, que também recebeu um Oscar pelo documentário sobre a mudança climática intitulado Uma Verdade Inconveniente, relacionou a atual crise financeira com o que denominou a "crise" climática. Neste sentido, assegurou que enquanto a primeira começou pelo "derrubada das hipotecas lixo" e afetou de forma global a todo o planeta, a segunda também sofrerá o "derrubada dos ativos de carbono lixo" e requer, além disso, uma solução global. "Afrontamos a crise mais perigosa de toda a história da humanidade", afirmou, "e é preciso evitar que se beneficiem as empresas que se transferem a regiões com menos limites nas emissões de CO2". Segundo ressaltou, a solução também passa por mudar os sistemas de produção de energia e, neste ponto, apostou pelas energias renováveis (solar, eólica e geotérmica), enquanto opinou que a energia nuclear "tem um papel a desempenhar, mas não será destacado".
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