Alemães são presos contrabandeando peixes ornamentais

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais um flagrante de biopirataria no Amazonas. A Polícia Federal prendeu, na noite de segunda-feira, os alemães Tino Hammel e Dirk Hezmut Reinel quando tentavam embarcar no aeroporto Eduardo Gomes com 220 peixes ornamentais capturados no município de Barcelos (400 km de Manaus). A biopirataria é um crime ambiental comum na região. Somente no ano passado, foram comprovados sete casos e 21 estrangeiros foram presos. Todos, no entanto, foram libertados e mandados de volta ao País de origem. No caso dos alemães, não deverá ser diferente. Mas a Polícia Federal e o Ibama se mostraram surpresos com a tecnologia apresentada pelos piratas de biodiversidade. Os peixes ornamentais e as plantas encontradas com eles estavam muito bem embaladas para viagem. Os peixes, dentro de vidros próprios para transporte, tinham água e oxigênio suficientes para atravessar o oceano Atlântico. E tudo envolvido por uma lâmina de chumbo e alumínio para impedir que os peixes fossem detectados pelo fiscalização do aeroporto. Entre os sofisticados equipamentos encontrados com os alemães estava até um GPS (Global Position System), aparelho utilizado para marcar as posições geográficas onde os peixes haviam sido capturados. ?Eles agem sempre assim. Levam as espécies para o exterior e dão as coordenadas para que um equipe de captura mais bem equipada volte ao local depois?, disse o chefe de fiscalização do Ibama, Ênio Cardoso. O município de Barcelos, ao norte do Amazonas, é conhecido pela fartura de peixes ornamentais. Tanto que todos os anos, no fim de janeiro, acontece no local o Festival do Peixe Ornamental, que atrai amazonenses, turistas e, claro, biopiratas de todo o Mundo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.