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Alimentação precária reduz a produtividade em até 20%

Relatório da OIT põe em paralelo as perdas econômicas com a desnutrição e a obesidade

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma alimentação precária reduz em até 20% a produtividade econômica dos países, revela um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que destaca que um de cada seis habitantes do planeta está desnutrido e outro tem excesso de peso ou é obeso. O relatório assegura que, em 2001, as patologias não transmissíveis relacionadas à alimentação causaram 60% das mortes. Só as cardiovasculares representaram 30%. No sudeste da Ásia a deficiência de ferro provoca perdas de produtividade de cerca de US$ 5 bilhões ao ano. Na Índia, calcula-se que a despesa ocasionada pelas doenças e mortes relacionadas à desnutrição oscilam entre US$ 10 bilhões e US$ 28 bilhões, o que representa entre 3% e 9% de seu Produto Interno Bruto. Por outro lado, nas nações mais ricas, é a obesidade que motiva entre 2 e 7% de todas as despesas médicas. Nos Estados Unidos, essa patologia gera perdas para o sistema de cerca de US$ 12,7 bilhões ao ano. Dois terços da população americana tem excesso de peso, o que faz com que sejam gastos cerca de US$ 51,6 bilhões anuais em atendimento médico e que a produtividade caia em cerca de US$ 3,9 bilhões. "Os programas de alimentação deficientes e a nutrição precária influenciam na moral, na segurança, na produtividade e na saúde dos trabalhadores a longo prazo", explica, através de um comunicado, o autor do estudo, Christopher Wanjek.

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