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Alunos do Mackenzie vinculam acesso via Enem à 'perda do valor' do diploma

Estudantes de Direito planejam fechar a Rua da Consolação em protesto contra a adoção do exame no vestibular

Por Carlos Lordelo
Atualização:

SÃO PAULO - Estudantes de Direito do Mackenzie querem fechar a Rua da Consolação, no centro, em protesto contra a adoção do Enem 2011 pela universidade. A instituição usará as notas das provas aplicadas em 22 e 23 de outubro para preencher parte das vagas do processo seletivo de meio de ano. Os alunos dizem que isso levará à "perda do valor" do diploma. O "apitaço" está previsto para ocorrer ao meio-dia da quarta-feira, dia 21.

 

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Comunicado do Centro Acadêmico João Mendes Júnior convoca os alunos para a manifestação. Diz o texto: "Mackenzistas, não vamos permitir que mais uma decisão arbitrária da Reitoria afete o nosso futuro". Os estudantes reivindicam um processo seletivo "de qualidade condizente com a nossa tradição".

 

O ato também servirá para cobrar melhorias nas "condições pedagógicas e estruturais" do curso de Direito.

 

Pelo Facebook, o C.A. reclamou: "Chega de sermos tratados como lixo!! Chegou a hora da Universidade nos ouvir!"

 

Em nota divulgada na quarta-feira, 14, a Reitoria do Mackenzie afirmou que a adoção do Enem é uma "tendência irreversível".

 

Publicado na semana passada, o edital diz que a universidade usará "como único instrumento de classificação e de convocação de candidatos" o desempenho no Enem 2011 - exceto para os cursos de Arquitetura e Design, que também terão provas específicas. As inscrições estão abertas até 16 de abril, e no dia 18 deve ser divulgado o edital do vestibular convencional, para preencher as vagas restantes. Em cursos como Direito e Jornalismo, por exemplo, metade das vagas será oferecida via Enem.

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