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Ambientalistas denunciam risco ambiental em Maringá

ONGs temem extravasamento de milhões de litros de óleo de aterro industrial, próximo do Ribeirão Chapecó

Por Agencia Estado
Atualização:

Ambientalistas do Paraná e de São Paulo visitaram hoje um depósito de resíduos industriais da empresa Nortoil Lubrificantes, no Distrito de Iguatemi, no município de Maringá, no Paraná. Os representantes das entidades Associação de Proteção do Meio Ambiente de Cianorte (Apromac) e Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) foram ao local após reunião com o Ministério Público, quando solicitaram urgência na análise de riscos no local, e estavam acompanhados do diretor de Meio Ambiente da Prefeitura de Maringá, Júlio César Garcia. Segundo Ester Langowiski, representante da Apromac em Maringá, ?a empresa deposita em lagoas ou tanques rudimentares resíduos de óleos de re-refino, além de semi-sólidos depositados em amontoados sobre o solo descoberto. Desde 1988, a Nortoi pode ter recebido até 100 milhões de litros e as manchas negras de contaminação já atingiram dois metros de profundidade?. Para os ambientalistas, o extravasamento do óleo estocado poderia provocar um acidente ambiental de grandes proporções. O aterro encontra-se ao lado do Ribeirão Chapecó, um dos tributários do Rio Pirapó, que é afluente do Rio Paranapanema (divisa de São Paulo e Paraná). ?O que constatamos é um crime ambiental, pois há depósitos ainda em mais dois locais. Além do risco de vazamento, o material é volátil e tem cheiro forte, e pode estar contaminando o solo e na vegetação do entorno?. Conforme Ester, a organização não-governamental entregou há seis meses um relatório à Promotoria de Meio Ambiente, solicitando uma análise criteriosa do local, o que ainda não foi apresentado de modo conclusivo. Segundo Júlio Garcia, o aterro industrial tem mais de 14 anos e é irregular, pois não possui licença ambiental. ?Não existe monitoramento nem controle do que é depositado no local.? O diretor de Meio Ambiente da Prefeitura diz que o problema foi constatado há um ano, depois que a empresa solicitou a licença ambiental. ?Pedimos um estudo de impacto ambiental que estará sendo apresentado em audiência hoje e, na próxima semana, estaremos tomando as providências cabíveis.? Consultados pela Agência Estado, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, deverá se pronunciar sobre o caso somente após a audiência, assim como a Nortoil.

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