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Ambientalistas querem aprovação de lei para o bioma

Rede de ONGs fará manifestação no Congresso Nacional para apressar a aprovação do Projeto de Lei da Mata Atlântica, em tramitação há 11 anos

Por Agencia Estado
Atualização:

Representantes de aproximadamente cem entidades ambientalistas fazem uma manifestação, amanhã, em frente ao Congresso Nacional, pela aprovação do Projeto de Lei da Mata Atlântica. Durante o evento, que abre o 8º Encontro Nacional da Rede de Ongs da Mata Atlântica, haverá ainda performances culturais, pintura, vivência com crianças de escolas de Brasília e panfletagem. Os ambientalistas levarão, ainda, um bolo para marcar os 11 anos de tramitação do projeto, que estabelece as regras de uso e proteção do bioma. Uma exposição, na Câmara dos Deputados, terá 17 bunners com a situação da Mata Atlântica em cada um dos estados brasileiros onde há remanescentes. ?Queremos mobilizar a nova bancada da Câmara para apressar a aprovação do projeto, que continua tramitando em regime de urgência. Temos parecer favorável de todas as áreas do governo e é um dos componentes da plataforma de governo do presidente Lula?, disse Miriam Prochnow, da coordenação da Rede. De acordo com o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, é grande a possibilidade de que o PL da Mata Atlântica possa ser aprovado até 27 de maio, Dia da Mata Atlântica. Além da visita aos líderes dos partidos, representantes das 224 entidades que integram a Rede Mata Atlântica farão pressão junto aos deputados de seus estados visando convencê-los da necessidade da aprovação ainda neste semestre. Outra prioridade das ongs é cobrar do governo federal a implantação de uma política nacional para o bioma. Por isso, no dia 9, estão programados encontros com o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e o Banco Mundial, quando será discutida a adoção de uma ?agenda positiva? para a Mata Atlântica. ?Uma das metas da Rede é o desmatamento zero na Mata Atlântica. Mas, além disso, queremos recuperar o bioma, hoje reduzido a 7% de sua área original. Segundo a Organização das Nações Unidas, seriam necessários pelo menos 30% para garantir a qualidade da água e do clima, essenciais para a qualidade de vida da população?, diz Miriam. Segundo a ambientalista, ações para atingir esse índice serão discutidas não apenas com os órgãos ambientais, mas com os ministérios das Cidades e do Desenvolvimento Agrário e universidades. O encontro termina no sábado, dia 10, com uma reunião de planejamento de ações da Rede de ONGs. Veja outras notícias sobre o encontro da Mata Atlântica

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