Ambulatório paulista fará implantes de células tronco

Ele vai atender pacientes do Sistema Único de Saúde e particulares

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Instituto de Moléstias Cardiovasculares (IMC), de São José do Rio Preto, a 451 quilômetros a noroeste de São Paulo, coloca em funcionamento a partir desta quinta-feira o primeiro ambulatório especializado em pacientes para cirurgias com células-tronco adultas do País. Ele vai atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e particulares que sejam portadores de doenças vasculares e do coração e não encontram mais esperança de cura nos tratamentos convencionais. De acordo com o cardiologista Oswaldo Tadeu Greco, responsável pela unidade, serão atendidos de 50 a 60 pacientes por mês, que deverão agendar as consultas por telefone ou e-mail para evitar tumultos. O ambulatório servirá para preparar os doentes que receberão as células-tronco pelo SUS, por meio do Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias, do Ministério da Saúde, que vai atender 1.200 pacientes em 40 centros médicos de 9 Estados. O primeiro implante do estudo será feito pelo IMC dentro de 15 dias em um paciente com miocardia dilatada. O acompanhamento após a cirurgia demora um ano, quando será avaliado o resultado da intervenção. Na semana passada, o IMC fez o primeiro implante de células-tronco do País em paciente com trombose. Os médicos acreditam que o implante evitará a amputação da perna. A cirurgia, particular, foi paga pelo paciente, ao custo de R$ 9 mil, porque o SUS não cobre o procedimento. Uma cirurgia do coração custa por volta de R$ 15 mil. COMO SE CANDIDATAR Pacientes: O ambulatório atenderá, pelo SUS e particular, vítimas de miocardiopatia dilatada, seja por mal de Chagas ou outra doença. Também será atendido paciente particular com doenças vasculares. Consulta: Para agendá-la, é preciso telefonar para o IMC (0xx17-230-8522) ou enviar e-mail para imc.terapiacelular@terra.com.br. Exames: Não há limite de idade ou sexo e não há necessidade de encaminhamento médico, seja do SUS ou de médico particular, mas é preciso levar exames já feitos e os nomes dos remédios em uso. Triagem: O paciente passará por exames clínicos gratuitos que revelarão se ele precisa do implante de células-tronco e se pode recebê-lo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.