PUBLICIDADE

Ameaça na Vila Carioca supera Paulínia

Segundo especialista do HC, contaminação em área da Shell na capital é ?cem vezes mais grave?

Por Agencia Estado
Atualização:

Em depoimento à Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, o chefe do Departamento de Toxicologia do Hospital das Clínicas (HC), Anthony Wong, classificou ontem o caso de Vila Carioca como ?cem vezes mais grave? que o de Paulínia, também em área da Shell. ?Há mais poluentes, produtos mais perigosos e população ameaçada muito maior que em Paulínia?, justificou. Os depoimentos serão enviados ao Ministério Público Estadual (MPE). A base de distribuição de combustíveis da Shell na Vila Carioca pode começar hoje a ser lacrada. A Administração Regional do Ipiranga informou que só depende de laudos de risco para interditar a área de 13 mil metros quadrados, onde estão 37 tanques. A região está contaminada com pesticidas e metais pesados. De acordo com a regional, a base não tem alvará nem documentos essenciais para continuar funcionando, embora esteja lá desde os anos 70. A Assessoria de Imprensa da Shell informou que alguns documentos foram entregues anteontem e a empresa pediu o prazo de 90 dias para providenciar o restante. A regional disse ter notificado a Shell sobre a possibilidade de fechamento. A empresa nega. O gerente de Instalações da Shell Brasil, José Cardoso, disse que não há riscos para quem usa água tratada pela Sabesp na região. Posto de gasolina A Regional do Butantã, acionada pela CPI dos Postos de Combustíveis, interditou ontem um posto na Avenida Lineu de Paula Machado, na Cidade Jardim, zona sul, por vazamento de gasolina e remoção de terra contaminada. Caminhões iriam transportar a lama preta para um aterro. Seus motoristas fugiram. A contaminação pode alcançar o lençol freático.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.