Anglicanos conservadores, que se opõem à postura da Igreja da Inglaterra em questões como a ordenação de sacerdotes gays, descartaram nesta segunda-feira, 6, uma ruptura formal com o corpo principal da fé, como um grupo já fez nos Estados Unidos.
Membros da Sociedade da Confissão Anglicana (FCA, na sigla em inglês), que também discordam dos planos de ordenação de mulheres como bispos, disseram que pretendem criar uma frente ampla para promover ideias conservadoras dentro da Igreja.
O movimento surgiu depois de uma convenção realizada no ano passado em Jerusalém, onde bispos e sacerdotes de todo o mundo se reuniram para manifestar sua frustração com o anglicanismo mais liberal, e levantando a possibilidade de um cisma com a Comunhão Anglicana, que tem 77 milhões de fiéis.
"Somos um movimento de renovação e reforma, e de um foco renovado na missão de nossa igreja... não estamos partindo", disse o bispo Wallace Benn. "Acreditamos que defendemos a fé cristã histórica", acrescentou.
Diferenças em questões como a sagração de sacerdotes abertamente gays levou os conservadores americanos a deixar a Igreja Episcopal dos EUA em junho.
A nova Igreja Anglicana da América do Norte alega ter 100 mil fiéis e diz que os liberais desviaram-se demais da Bíblia.