Arqueóloga quer tirar de parque rochas com pinturas

Revoltada com ameaças ao Parque da Serra da Capivara, Niéde Guidon quer levar inscrições rupestres para museus

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A presidente da Fundação do Museu do Homem Americano (Fumdham), Niéde Guidon, apresentou um projeto para recortar as rochas com inscrições rupestres existentes no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, para evitar sua perda com depredações e falta de conservação. A arqueóloga propôs, em texto publicado no site da Fumdham, que as rochas com pinturas sejam guardadas em museus. Ela denunciou que o parque está sendo invadido por agricultores que estariam depredando a reserva. Revoltada, Niéde quer remover o valioso material arqueológico do Piauí, e diz que já pediu apoio técnico do governo francês para o projeto de recorte e transporte das rochas. Niéde alega que o parque está sendo invadido e o corredor ecológico por onde transitam animais em migração está sendo usado para caça. Diz que os assentamentos ao redor da reserva afetam sua preservação. Em novembro, Niéde procurou o Incra para pedir que impedisse novas invasões e diz ter tomado conhecimento de que havia 700 famílias cadastradas para serem assentadas ali. O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), assegura que nunca houve invasão no parque. Disse que cerca de 700 famílias habitam o corredor há mais de 20 anos e precisam de melhores condições sociais. Isso justificaria os assentamentos propostos pelo Incra.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.