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Arritmia cardíaca é 3 vezes mais perigosa em atletas

Sociedade Européia de Cardiologia acompanhou 2.640 atletas e constatou 62 casos de ataques do coração

Por Agencia Estado
Atualização:

Segundo relatório que acaba de ser divulgado, os atletas de competição estão três vezes mais sujeitos a problemas cardíacos decorrentes de arritmias do que as demais pessoas. Exemplos nos últimos tempos são vários, como o do jogador Serginho, do São Caetano, que morreu em pleno gramado do Morumbi, há um ano. O extenso trabalho, lançado esta semana pela Sociedade Européia de Cardiologia (SEC), explora o assunto com profundidade. Uma das análises acompanhou 2.640 atletas entre 1974 e 2004. Desse universo, 345 são considerados do grupo de elite internacional. Da amostra estudada, 62 casos de ataques do coração foram registrados. Em 38 deles a ressuscitação cardíaca foi feita com total sucesso. Outra pesquisa, realizada pelo Centro de Medicina Esportiva da Pádua, na Itália, também identificou o mesmo problema, em uma amostra formada por atletas com menos de 35 anos de idade. Entre 34 mil indivíduos analisados, 621 foram proibidos de praticar esportes de alto nível, exatamente por causa das anomalias cardíacas. Anabolizantes Além de mostrar que o problema é uma realidade - e que pessoas interessadas em praticar esportes de competição precisam passar por detalhados testes clínicos -, os pesquisadores da SEC analisaram alguns fatores que podem potencializar os problemas no coração. A investigação mostrou que os esteróides anabolizantes são as substâncias ilícitas mais perigosas para os atletas. Os anabolizantes, usados normalmente para melhorar o rendimento físico, são os maiores responsáveis pelos ataques do coração. Por isso, a recomendação é que essas drogas sejam banidas do universo esportivo.

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