PUBLICIDADE

Ártico pode ter maior jazida de petróleo e gás do mundo

Relatório publicado na revista Science fala em reservas de 30% e 13% do petróleo do mundo

Por Efe
Atualização:

A plataforma do Círculo Polar Ártico poderia esconder jazidas de gás natural e petróleo maiores do que se tinha calculado até agora, disseram cientistas americanos em um relatório publicado nesta sexta-feira, 29, na revista Science.

 

Segundo os pesquisadores do Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), a região provavelmente contém 30% do gás natural não descoberto no mundo.

 

Além disso, abrigaria 13% de todo o petróleo do planeta ainda não descoberto, acrescentaram.

PUBLICIDADE

Até agora, o USGS tinha calculado que, no Ártico, poderia haver 90 bilhões de barris de petróleo, mas o novo estudo, baseado nas análises das rochas sedimentares, revela que essas reservas poderiam ser de entre 40 bilhões e 160 bilhões de barris, segundo os cientistas.

 

As reservas, tanto de petróleo como de gás, estariam a menos de 500 metros da água, e a região constitui uma das poucas que restam no mundo ainda acessíveis à prospecção.

 

No entanto, os cientistas advertiram de que, em termos gerais, a quantidade é relativamente pequena comparada com as reservas comprovadas dos principais países exportadores.

 

"Isto não significa que haverá alguma mudança global no equilíbrio mundial do petróleo", disse Donald Gautier, geólogo do USGS, que realizou os estudos com a colaboração de uma equipe internacional de cientistas.

Publicidade

 

Por outra vez, destacou que a descoberta poderia ser especialmente importante para as nações que fazem divisa com o Círculo Polar Ártico: Canadá, Dinamarca (através da Groenlândia), Noruega, Rússia e Estados Unidos.

 

A exploração nas águas do Ártico está nos primeiros períodos e empresas como Exxon Mobil e outras companhias petrolíferas já começaram a trabalhar em algumas regiões, como o mar de Barents, o delta do Mackenzie e a bacia de Sverdrup, assim como frente às costas do Alasca.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.