Assentamento de agricultores protege gavião-real

Moradores do assentamento Vila Amazônia, em Parintins (AM), mantêm ninhos ativos em sua comunidade

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Manter a integridade dos ninhos de gavião-real em áreas de assentamento não é tarefa fácil. A árvore que abriga o ninho precisa ser protegida para garantir que o casal retorne ao mesmo local para reproduzir, uma espera que pode demorar até três anos. Os moradores da vila Nova Esperança-Miriti, no assentamento Vila Amazônia, em Parintins (AM) estão conseguindo conservar a espécie mantendo ninhos ativos em sua comunidade. "É importante que a árvore não seja cortada e que não seja feito roçado abaixo da árvore do ninho", explica a coordenadora de pesquisas em ecologia do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), Tânia Sanaiotti à Agência Brasil. A área do assentamento é uma região privilegiada onde ainda existem ninhos que estão sendo mapeados e monitorados pelo Projeto Gavião-real. Em maio do ano passado, todos vibraram com o nascimento de um filhote fêmea, que agora será batizado pelos alunos do ensino fundamental e médio do município, no concurso "Dê um nome ao filhote de gavião-real". Os quatro finalistas do concurso serão premiados com "kits natureza" compostos por equipamento de observação, mochila, lanterna, camiseta e livros. Além do kit, o vencedor receberá uma máquina fotográfica e um passeio, com toda a sua classe, para visitar o ninho e o filhote nascido em Nova Esperança-Miriti. Será feito um concurso para cada filhote que conseguir sobreviver no assentamento.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.