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Associação do Rio cria programa de adoção de micos

Pessoas e empresas podem se responsabilizar por grupos de até sete animais, com direito a visita e relatórios

Por Agencia Estado
Atualização:

A Associação Mico-Leão-Dourado iniciou um programa de adoção de famílias de micos para obter recursos e acelerar a recuperação da Mata Atlântica nos municípios de Saquarema e Cabo Frio (região dos Lagos) e Silva Jardim, na região da Baixada Litorânea. Por R$ 15 mil ao ano, empresas ou pessoas físicas podem se responsabilizar por grupos de até sete animais, em troca de uma visita por semestre, "kit de adoção" com camiseta e certificado e o direito de batizar os bichos. "Estamos captando esses recursos para recuperar o meio ambiente. Só existe mico nessa região e restou apenas 2% da mata típica da baixada, que está muito fragmentada", diz a secretária-geral da associação, Denise Rimbaud. Isolamento genético Os micos vivem entre 27 fazendas, duas reservas biológicas (Poço das Antas e União, em Silva Rangel), um parque estadual (Estação Ecológica de Jacarepiá, em Saquarema) e um parque municipal (Mico-Leão-Dourado, em Cabo Frio). O problema, segundo Denise, é que essas áreas de mata estão isoladas. "Esse afastamento leva ao isolamento genético e aos problemas de consangüinidade. Precisamos construir corredores de florestas para ampliar a área em que os micos vivem", afirmou. Quando a Associação Mico-Leão-Dourado começou a atuar em Poço das Antas, em 1983, apenas 150 micos viviam na região. Hoje são 1.200 animais, divididos em cerca de 170 famílias. Cada grupo precisa de, no mínimo, 50 hectares de mata. "Para se considerar a espécie salva é necessário ter 2 mil micos vivendo em 25 mil hectares de mata. Temos 17 mil hectares", disse. Fotos e relatórios A primeira empresa brasileira a adotar os micos foi o Instituto Embratel 21, que se responsabilizou por 21 famílias. Outras quatro foram adotadas por zoológicos europeus, que têm micos-leões em cativeiro. "Enviamos fotos e relatórios sobre a dinâmica na mata, quem nasceu, quem morreu, se algum animal se dispersou do grupo. Os zoológicos exibem esses dados ao lado de onde estão os micos em cativeiro, o que permite que os visitantes conheçam mais a respeito desses animais", conta Denise. Para adotar uma família de mico ou obter mais detalhes sobre o programa, pode-se acessar o site www.micoleao.org.br ou ligar para 22-2778-2025.

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