Astrônomos estudam rotação do asteróide Toutatis

A maior proximidade com a Terra ocorreu por volta das 10h40. Passagem permitiu observações sobre mistérios do Toutatis

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Por Agencia Estado
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Eram aproximadamente 10h40 quando o asteróide Toutatis passou a 1,55 milhão de quilômetros de distância da Terra, nesta quarta-feira. A rocha de 4,9 km comprimento por 2,4 km de largura e mais 1,9 km de espessura não chegava tão perto desde o ano de 1353, e só voltará a fazê-lo em 2652. Astrônomos do Programa de Objetos Próximos à Terra do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), na Califórnia, saudaram o evento como uma oportunidade para "o olhar mais próximo já feito de um objeto vindo de fora do Sistema Solar". Segundo Don Yeomans, diretor do JPL, a passagem deu "uma chance de estudar um dos vizinhos mais próximos do Sistema Solar". Para pesquisadores da Universidade Cornell em Ithaca, a passagem foi a chance de estudar um dos principais mistérios do Toutatis: sua rotação. O asteróide não gira simplesmente sobre um eixo, como a maioria dos planetas e satélites naturais, tem uma rotação dupla que faz parecer que ele se desloca de forma estranha pelo espaço. Descoberto por astrônomos franceses em 1989, o Toutatis está catalogado, por seu tamanho e proximidade com a Terra, como um NEO (Near Earth Object, objeto próximo à Terra). Entre todos os asteróides conhecidos, é o que tem plano orbital está mais próximo ao plano da órbita terrestre. Leva quase quatro anos para dar uma volta em torno do Sol.

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