Ativistas filmam a sangrenta morte de golfinhos no Japão

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Por Agencia Estado
Atualização:

Nada mais proibido que filmar a pesca aos golfinhos em Taiji, uma pequena cidade pesqueira no oeste do Japão. Os métodos cruéis a o excesso de sangue explicam esse cuidado, diante da crescente onda preservacionista que atinge Europa e EUA. Mas a Sea Shepherd Conservation Society, organização americana de defesa das baleias e golfinhos, conseguiu e está apresentando um vídeo de barcos cheios de mamíferos em enseadas vermelhas de sangue. O tape registra o fim de uma caçada, na qual os pescadores provocam ondas que confundem o senso de direção dos golfinhos para então encurrala-los em pequenas enseadas, onde podem ser mortos mais facilmente. Embora sujeitas a cotas governamentais, as caçadas não foram banidas pela lei japonesa e não estão sujeitas à regulamentação internacional porque são feitas perto da costa. ?É uma carnificina por atacado, que resulta em um terrível sofrimento para esses animais?, diz o ativista Nik Hensey. O prefeito e as autoridades de Taiji recusam-se a comentar as cenas do vídeo. Um representante do sindicato de pesca garante que a matança é conduzida da maneira mais ?humana? possível e lembra que a caça aos golfinhos faz parte da cultura local há 400 anos. Os pescadores desta cidade japonesa normalmente dedicam-se à pesca do golfinho na temporada que vai de outubro a abril. Eles capturaram mais de 60 golfinhos este ano, dentro da cota governamental. A carne é enlatada e vendida em supermercados. Mas, diante da pressão internacional ? embora a pesca não seja proibida pela Comissão Internacional de Pesca à Baleia ? para por um fim à sangrenta matança de golfinhos, os pescadores japoneses tentam evitar exposição pública do assunto. Eles não permitem vídeos, não dão entrevistas e ergueram barreiras ao longa das praias para impedir filmagens.

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