PUBLICIDADE

Atlantis parte hoje em perigosa missão rumo ao Hubble

Missão terá uma duração de 11 dias e telescópio deve receber novas baterias, giroscópios e câmaras

Por Efe
Atualização:

A nave Atlantis e seus sete tripulantes devem partir nesta segunda-feira, 11, rumo ao telescópio espacial Hubble, em uma missão não isenta de perigos, com o objetivo de melhorar o funcionamento deste importante instrumento.

 

PUBLICIDADE

As previsões meteorológicas da Nasa são favoráveis ao lançamento, faltando algumas horas para a partida do Atlantis, que está prevista para as 15h01 desta segunda (Brasília) do Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida.

 

A missão terá uma duração de 11 dias, nos quais os astronautas devem dotar o Hubble, em cinco caminhadas espaciais, de novas baterias, giroscópios, e câmaras, entre outro equipamento.

 

O telescópio espacial Hubble foi colocado em órbita a 730 quilômetros da Terra no dia 27 de abril de 1990 em uma missão da nave "Discovery", e desde então orbitou o planeta mais de 97 mil vezes e propiciou a mais de quatro mil astrônomos imagens de estrelas e galáxias distantes, que são invisíveis de dentro da atmosfera terrestre.

 

Mas nos últimos sete anos, a Nasa deixou o Hubble desatendido, em parte pela catástrofe do "Columbia" em 2003. A missão que havia prevista para um ano depois, em 2004, foi cancelada.

 

As missões de melhora do Hubble são muito diferentes das que as naves espaciais fazem para a construção da Estação Espacial Internacional (ISS).

 

Ao contrário dos acoplamentos com a ISS, os astronautas da "Atlantis" não estarão amparados em nenhuma base de operações, mas a nave será seu único refúgio em caso de problemas.

Publicidade

 

Isso significa que, se a "Atlantis" sofrer um problema durante o lançamento ou quando estiverem realizando sua missão no Hubble, eles não poderão se refugiar na Estação Espacial.

 

Se ficar encalhada no Hubble, os astronautas poderiam se refugiar na nave durante 25 dias, antes de ficar sem ar.

 

Lixo espacial

 

Além disso, existe uma possibilidade entre 229, uma proporção muito alta para este tipo de viagem, de que uma peça de lixo espacial ou um micrometeorito provoque uma catástrofe na "Atlantis".

 

O Hubble orbita a apenas 350 milhas de distância da zona onde circula o lixo espacial.

 

Por todas estas circunstâncias, a Nasa preparou um plano de resgate caso ocorra o pior. Durante os 11 dias desta missão, a nave Endeavour permanecerá na rampa do Centro Espacial Kennedy, pronta para um lançamento se ocorrer uma emergência que requeira a recuperação dos tripulantes da "Atlantis".

 

Ao término da missão no Hubble, e quando se prepararem para o retorno à Terra, os tripulantes da "Atlantis" deverão fazer uma inspeção cuidadosa das coberturas térmicas na barriga da nave, usando as câmaras montadas no braço robótico.

Publicidade

 

Enquanto a Atlantis permanecer junto ao Hubble, os astronautas, alojados no extremo do braço robótico da nave, instalarão dois instrumentos novos, repararão dois que não funcionam e farão as substituições de componentes que manterão o telescópio em operações pelo menos até 2014.

 

A missão é comandada pelo capitão aposentado da Marinha de Guerra dos Estados Unidos, Scott Altman, que já participou de três missões de nave; acompanhado pelo piloto Gregory Johnson, e os especialistas de missão Michael Good, John Grunsfeld, Andrew Feustel, Megan McArth e Mike Massimino.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.