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Austrália anuncia ajuda milionária contra gripe aviária

Preparar equipes de pesquisa para detectar e responder o mais rápido possível prováveis surtos da doença é uma das prioridades do plano

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo de Canberra aumentará em U$7,5 milhões (6,3 milhões de euros) sua ajuda à Indonésia para o combate à gripe aviária no país vizinho, anunciou nesta quinta-feira o ministro australiano de Relações Exteriores, Alexander Downer. Com isso, o total de ajuda chega a quase U$12 milhões (dez milhões de euros), disse Downer após uma reunião, em Jacarta, com o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono. Os fundos têm como objetivo ajudar a Indonésia a melhorar sua capacidade de resposta no caso de uma epidemia, assinala um comunicado divulgado pelo Ministério de Exteriores australiano. Downer assinalou a necessidade de a Indonésia, país do sudeste asiático mais próximo da Austrália, poder detectar e conter o vírus causador da doença, além de informar a população sobre a ameaça. O plano segue as recomendações de uma equipe de especialistas australianos que visitou a Indonésia na semana passada. Estabelecer várias equipes de pesquisa para detectar e responder o quanto antes possíveis surtos da doença; preparar o pessoal sanitário; melhorar os laboratórios indonésios; impulsionar a cooperação entre os ministérios da Saúde e Agricultura de Austrália e Indonésia, são algumas prioridades do plano. A gripe aviária infectou dezenas de milhões de aves na Ásia e causou a morte de 41 pessoas no Vietnã, 12 na Tailândia, quatro no Camboja e três na Indonésia, segundo números da Organização Mundial de Saúde (OMS). Proibição à caça de aves - Como parte das ações para impedir a propagação da gripe aviária, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Síria, Jordânia e Líbano proibiram a caça de aves. A proibição é considera medida básica, juntamente com o veto às importações de aves vivas dos países infectados, como Turquia, Romênia, Índia, China e outros do sudeste asiático. Aves como os patos selvagens da China, que começam agora suas migrações em busca de climas quentes, são a presa favorita dos caçadores, "por isso a proibição da caça dos pássaros migratórios se transformou em um imperativo", afirmou uma fonte médica. Além da restrição à caça, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes proibiram a importação de aves congeladas de vários países, especialmente Turquia e Brasil, e ordenou que os inspetores redobrem seu trabalho nas fronteiras para assegurar que seja cumprida a proibição.

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