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Autoridades divergem sobre volume de vazamento tóxico

As primeiras informações indicavam que pouco mais de 20 milhões de litros de rejeitos industriais teriam vazado da barragem. o presidente da Companhia de Saneamento de Minas (Copasa), Mauro Ricardo Machado Costa, informou que haviam vazado 1,2 bilhão de litros de rejeitos do açude

Por Agencia Estado
Atualização:

Há um verdadeiro desencontro nas informações passadas pelas autoridades mineiras e técnicos dos órgãos ambientais do Estado sobre o volume de resíduos químicos vazado de um reservatório da Indústria Cataguazes de Papel Ltda. que se rompeu no último sábado, atingindo os rios Pomba e Paraíba do Sul e provocando um acidente ambiental de grandes proporções. As primeiras informações indicavam que pouco mais de 20 milhões de litros de rejeitos industriais teriam vazado da barragem. Na última terça-feira, secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas, José Carlos Carvalho, disse que ?estudos preliminares?, indicavam que pelo menos 12 milhões de litros da mistura tóxica teriam atingido o Rio Pomba. Chegou-se a esse volume, segundo ele, com base nas dimensões do reservatório, que possui 400 metros de comprimento, 200 metros de largura e 15 de profundidade. Diante do mesmo cálculo, feito por técnicos que visitaram a indústria no início da semana, o presidente da Companhia de Saneamento de Minas (Copasa), Mauro Ricardo Machado Costa, informou que haviam vazado 1,2 bilhão de litros de rejeitos do açude. O número corresponde ao que vem sendo divulgado por autoridades do Rio. A assessoria de imprensa da Copasa informou que Costa se baseou também em informações da imprensa carioca. O pesquisador da Fundação Estadual de meio Ambiente (Feam), José Cláudio Junqueira, que trabalhou na região, disse nesta quarta-feira que cerca de 40 milhões de litros vazaram do reservatório. Nesta quinta, a assessoria do órgão informou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estava responsável pela informação. Também nesta quarta-feira, o chefe do escritório regional do Ibama em Juiz de Fora, Aurélio Augusto de Souza Filho, disse à imprensa local que foi de três bilhões de litros o volume de material despejado na bacia hidrográfica dos rios Pomba e Paraíba do Sul. O cálculo leva em conta os 180 mil metros quadrados de superfície do lago - equivalente a 18 campos de futebol. Contudo, a assessoria de imprensa da gerência executiva do instituto em Minas disse que Souza Filho fora desautorizado a falar sobre o assunto. Segundo a assessoria do Ibama no Estado, ainda está sendo elaborado um relatório sobre o vazamento, mas, oficialmente, o órgão admite um volume de 10 milhões de litros.

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