20 de agosto de 2008 | 14h04
As bactérias patogênicas, como a salmonela, podem se sacrificar em prol de suas "companheiras", conferindo assim a estas uma maior virulência, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira, 20, na revista científica britânica Nature. Este fenômeno, descoberto por cientistas da Universidade British Columbia (Canadá), foi batizado de "cooperação autodestrutiva". Enquanto estudavam a infecção de salmonela induzida em ratos de laboratório, os pesquisadores, liderados por Michael Doebeli, observaram que havia bactérias que se rompiam e liberavam moléculas causadoras de um processo de inflamação. Neste processo, as bactérias se sacrificavam, mas davam às outras células a oportunidade de crescerem com força no intestino. Segundo os cientistas, esse comportamento serve de "ponto de apoio" para as outras bactérias em seu processo de "colonização" do intestino, causando doenças como a enterocolite. Os cientistas afirmaram que todos os indivíduos da população de bactérias possuem os genes para sua autodestruição "desinteressada", de modo que esses dados genéticos sigam adiante na colônia de microorganismos. No entanto, apenas um grupo de células realiza esse sacrifício.
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