Banco Mundial financiará projetos florestais no Brasil

Serão investidos US$ 200 milhões - divididos entre o BM e Governo brasileiro - em projetos de uso sustentável das florestas

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Mundial deverá investir US$ 100 milhões em projetos de uso sustentável das florestas brasileiras, nos próximos oito anos. Para tanto, Raimundo Deusdará Filho, diretor do Programa Nacional de Florestas (PNF) do Ministério do Meio Ambiente, apresentará amanhã (17/6), na sede do BM, em Washington, as estratégias e as ações previstas na Carta Consulta apresentada pelo Governo brasileiro, que deverá, em contrapartida, investir outros R$ 100 milhões no Programa. Segundo Newton Zerbini, gerente de Uso Sustentável dos Recursos Florestais do PNF, será a primeira vez que o Banco Mundial financia o setor florestal no País. ?Depois de verificar os impactos ambientais negativos de obras de infra-estrutura que financiou, o Banco Mundial está adotando uma postura diferente na liberação de recursos. Assim, conseguimos mostrar que é possível ter iniciativas bem elaboradas na área florestal, já que obras de infra-estrutura, como estradas e hidrelétricas, acabam tendo impactos negativos nas florestas?, disse. A solicitação de recursos ao Banco Mundial foi previamente aprovada pelo Ministério do Planejamento e tem o objetivo de promover o uso sustentável, a conservação e a expansão das florestas nativas e exóticas. O Programa apoiará o manejo de florestas nativas, através da expansão e consolidação de Unidades de Conservação - Florestas Públicas de Produção e Reservas Extrativistas - e o manejo florestal em áreas privadas. Além disso, ampliará a base florestal plantada, através de fomento silvicultural e recuperação de áreas degradadas em pequenas e médias propriedades rurais. A implementação das ações terá o suporte técnico das unidades de apoio ao PNF, já criadas nas cinco regiões geográficas brasileiras. Criado em 2000, o Programa Nacional de Florestas já firmou parceria com 17 estados, além de convênios com consórcios municipais e parcerias com mais de 30 organizações não-governamentais.

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