25 de março de 2012 | 17h17
No seu último dia no México, o papa celebrou uma missa para uma multidão vibrante, que os organizadores estimaram em 300 mil pessoas, num parque nos arredores de Leon, no centro do México, foi o maior número de presentes na sua viagem à América Latina.
O papa, de 84 anos, vestindo vestes roxas e brancas, recheou o sermão, que ele leu do alto de um imenso altar numa plataforma numa encosta, com palavras como conversão e reconciliação.
Muitos na multidão cobriram suas cabeças com chapéus, lenços e guarda-chuvas, para se proteger do sol escaldante, enquanto papa Bento rezava para que os mexicanos tenham a força "para promover corajosamente a paz, a harmonia, justiça e solidariedade."
Mais tarde, falando durante a sua oração de meio-dia de domingo, ele disse que os mexicanos devem buscar a sua fé, "nesse momento em que muitas famílias estão separadas ou sendo forçadas a imigrar, quando tantos sofrem devido à pobreza, corrupção, violência doméstica, tráfico de drogas, crise de valores e aumento da criminalidade."
O Papa também os encorajou a deixar de lado "ações fúteis de vingança" e a acabar com todo o ódio.
Longas filas de pessoas, muitas rezando, cantando e carregando fotos do líder dos 1,2 bilhões de Católicos Apostólicos Romanos do mundo. Seu antecessor Papa João Paulo, visitou a região cerca de uma vez por ano.
O Arcebispo de Leon, José Martin Rabago, deu o tom do dia, enumerando os sofrimentos de um país onde confrontos entre os cartéis de drogas e o país já causaram a morte de mais de 50 mil pessoas nos últimos cinco anos.
"Nos últimos anos temos passado por eventos de violência e morte, que geraram uma dolorosa sensação de desamparo, medo e tristeza," disse Rabago ao papa e à multidão, durante seu discurso de boas vindas.
O arcebispo condenou o que ele chamou de "raízes perversas" dos problemas do México, explicando que são a pobreza, falta de oportunidades, impunidade, injustiça e a crença de alguns que o objetivo da vida seria acumular bens e poder.
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